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China: Estoques de soja caem à mínima de um mês; país compra 12 navios do BR na semana

Os estoques de soja da China, na semana passada, alcançaram seus menores níveis em um mês, segundo informa o CNGOIC (Centro Nacional de Informações de Grãos e Óleos da China). A baixa se deu, principalmente, pela diminuição da chegada de produto importante nos últimos dias. Em entrevista ao Notícias Agrícolas nesta quinta-feira (5), o analista de mercado Eduardo Vanin, da Agrinvest Commodities, explicou que para estar adequadamente abastecida a nação asiática ainda precisa comprar cerca de 25 milhões de toneladas da oleaginosa até o final de janeiro de 2022.

Os estoques chineses caíram na semana 680 mil toneladas para chegarem a 6,63 milhões. Na comparação mensal, a baixa é de 330 mil toneladas, porém, na anual, há um aumento de 320 mil toneladas.

"A chegada de navios de soja caiu em agosto e assim, os estoques também recuaram. E já é possível observar que as as margens de esmagamento das processadoras em algumas plantas de produção de óleo estão negativas refletindo impactos do clima e altos estoques de farelo de soja", diz a nota do CNGOIC.

No entanto, nos primeiros dias de agosto, as vendas de farelo de soja dispararam na nação asiática, passando de uma média diária de menos de 100 mil toneladas nas últimas semanas para superar as 500 mil nestes 4 primeiros dias do mês.

Em função das medidas de restrição no país por conta dos novos surtos de Covid-19 com a força da variante delta, "as indústrias de ração, com medo de ficar sem produto , estão comprando mais para compor estoques de farelo. Então, há impactos ruins, mas bons também. O preço do farelo se firma e com as indústrias na China vendendo mais farelo terão que  repor isso com soja importada, tanto para 2021, como para 2022", explica Vanin.

Também como informou o analista da Agrinvest, a China comprou cerca de 12 navios de soja brasileira nesta semana, para embarques até setembro. Afinal, a partir de outubro, os EUA ganham na competitividade e voltam a ser os principais exportadores pelo preço mais atrativo.

"No acumulado de 12 meses, chegamos quase a 105 milhões de toneladas, que é recorde, mas acredito que isso vá perder ritmo", diz. "As margens por lá ainda estão ruins, mas o ponto é que agora está se vendendo mais farelo, e para se produzir farelo precisa de mais soja. Já comprou aqui no Brasil essa semana para embarque setembro e está voltando a comprar dos EUA, mas para embarque outubro pra frente. De certa forma, o Brasil vai 'roubar' o setembro dos EUA, coisa que não aconteceu no ano passado".


Fonte: Site www.noticiasagricolas.com.br

Data: 05/08/2021

 

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